16 de julho de 2010

Baile de Mascaras.



- Em que você pensa tanto bela garota? – Ele me perguntou assim, assim que saímos do salão afim de ficarmos a sós.

 ­  ­  ­ ­  Ele vestia um blusão preto, uma camisa listrada por dentro e um chapéu que parecia uma coroa de rei. Já eu, vestia um vestido digno de uma princesa e uma mascara.

- Estava apenas pensando em como com uma simples mascara, podemos nos transformar em pessoas completamente diferentes.
- Entendo, como se fosse outra pessoa, com outros objetivos, com outros sonhos.
- Ou não, as vezes quando vestimos uma mascara, é como se os sonhos que estavam escondidos viessem a tona.
- Como se a verdadeira mascara fosse a que nós usamos todo dia.
- Exatamente. Quando vestimos uma mascara, nos torna nós mesmos. – Ele sorriu, como se concordasse com tudo.
- É estranho, sabia?
- O que é estranho? – Perguntei a fim de entender o que ele falava.
- É estranho o modo como tudo se torna tão mais fácil quando a outra pessoa te entende. – Ele sorriu, com o olhar vago.
- Digo o mesmo, é a primeira vez que alguém consegue me entender, na verdade, é a primeira vez que falo tão abertamente com alguém, sem mascaras, sendo eu mesma. Todos os dias eu tenho que ficar rindo para todo mundo, sendo educada, tratando dos problemas dos outros com mais atenção do que os meus próprios. Sendo que na verdade o que eu mais quero é chorar, gritar, querer alguém que se importe comigo. – suspirei aliviada,tirando um tormento das minhas costas. Ele se pos na minha frente de imediato e segurou minhas mãos.
- Relaxa, agora você tem a mim, e sei que eu a tenho.

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